F. Ramada Investimentos is the parent company of a group of companies that, together, develop two business activities:
i) industrial, which includes the activity of steels, from where it stands out the subsegment of steel for molds, and the activity of storage systems, and
ii) property, aimed at managing real estate assets in Portugal.
The activity of steels with a leading position in domestic market, is performed by two companies: F. Ramada Universal Steels and afire. Its clients are international big car manufacturers (like Autoeuropa from Volkswagen) who export almost its entire production.
The activity of Storage Systems is accomplished by four companies: F. Ramada Structures (the largest manufacturer of storage systems in Portugal, which concentrates all production of the group), Storax Equipements based in France, based in Storax Racking UK and Benelux Storax based in Belgium. International activity composes 76% of sales.
90% of total income from real estate assets in Portugal come from long-term rentals of forest land. Total investments are 85.8 million (M) euros, corresponding to leased land to third parties under operating leases, through contracts with an average duration of 20 years. There is about 70M euros of mortage loans related to these assets (info from Investor Relations). Net asset value of about 25.8M euros of these investments alone is far superior than the company's market cap (15.38M). Value per share is 1.01. And they are making an aditional 0.79M anualized net income return. But there's more. A lot more.
Industrial Unit
Sales growth of 25,9% in first 9 months of 2011 and net income for the last 4 quarters of 5.577M euros. A current PE of 2.76.
Lets look at Balance Sheet (3Q2011) without real estate assets and its associated liabilities:
Cash & Near Cash Items: 19.32
Accounts Receivable: 30.14
Inventories: 25.60
Other Current Assets: 10.00
Total Current Assets: 85.05
Net Fixed Assets: 4.93
Other Long Term Assets: 7.26
Total LT Assets (1): 12.19
Total Assets: 97.24
Accounts Payable: 15.01
Short-Term Borrowings: 43.77
Other ST Liabilities (2): 15.77
Total Liabilities (2): 74.55
Total Equity (3): 22.69
(1) Removing from LT Assets 85.81 of real estate assets.
(2) Removing from Other ST Liabilities and LT Borrowings about 60M euros of mortage loans related to real estate assets.
(3) Total Assets - Total Liabilities.
So we have an Industry Unit whose book value is about double the current market cap. Book value of unit is 0.885 and PB is 0.68. Current ROE of 25.45%.
Valuation
Having in mind that this is a microcap but also that it is currently very profitable and that its balance sheet is simple and also strong, I think that book value is a conservative enough valuation.
Real estate assets: 1.01
Industrial Unit: 0.88
Value per share: 1.89, or a 215% potencial from current price of 0.60.
Risks
- The industrial unit is evidently tied to the economic cycle. But I should add than even in dificult years of 2008 and 2009 the company was profitable with earning of 2.723M and 1.850M euros.
- The risk of Portugal leaving the EU. It is in the interest of the euro zone and of the leading countries (Germany and France), that these solvency issues by several country members are resolved soon and their economies recover. That would allow the leading countries to strengthen their growth and protect their financial sector as its institutions were the ones that lent money to Greece, Ireland, Portugal and Spain.
Portugal has already a restructuring program designed to reduced budget deficits and total debt as well as to make the economy more flexible and increase productivity, concentrating on export activities.
The program was designed by the EU, ECB and IMF to bailout the country after it could not finance itself. Portugal will have a couple of years with slow GDP, but structural changes being made will reduce the government involvement in the economy and reduce unproductive businesses activities like building and construction. Odds are the country will eventually emerge stronger.
Portugal did not have a recent housing bubble like UK or Ireland. It also doesn’t have has much public debt as Greece, Italy or Belgium. Hence, the Portuguese problem rests on competitive issues that are being address.
We think the risks of Portugal leaving the euro are low. Ultimately if it did happen, the margin of safety of the ideas presented is so huge that it would protect the investment even in that worst case scenario.
Dividend
Current dividend is 0.07 cents or a 11.67% dividend yield. Payout Ratio is 32.26%.
Shareholders
F. Ramada Investimentos is majorly owned by its managers (+40%). Bestiver Gestion, the great spanish value investors, own 8.92% of the company.
Hugo Roque
11 comentários:
Já viste as consequências deste teu post?
Ainda recentemente uma ordem de apenas €1000 demorava dias para ser executada...
Agora são aos milhares de acções por dia.
...Andava eu a acumular uma posição na empresa devagarinho... e agora toda a gente sabe... :)
Olá Abu,
Eheh.. Não acho que o blog tenha assim tanta exposição para poder causar isso..
De qualquer forma, a cotação não variou assim tanto e o desconto ainda é enorme..
Não posso deixar de alertar que o investimento em microcaps tem maiores riscos e que cada investidor deve fazer a sua própria análise individual.
Hugo
Vim aqui parar ao fazer scuttlebug na internet sobre a Ramada Investimentos... concordo com a análise embora eu provavelmente acrescente um outro risco e umas perguntas:
1- A área imobiliária depende das rendas para sobreviver. Embora tenha 25.8M de net asset value a verdade é que inclui 70M de divida que se paga apenas das rendas. A questão é que, ou muito me engano ou, estas rendas estão praticamente dependentes a 100% da Altri. Não sei se há alguma blindagem que garanta que a Altri mantém os terrenos arrendados até ao fim do contrato?(sobre este aspecto parece-me que a probabilidade diminui com a sobreposição de accionistas e administradores das duas empresas, o que também melhoraria a análise) E há sempre o risco de a Altri falir (pelo que julgo que uma análise completa pode incluir uma avaliação do risco de falência da Altri)... julgo que seria importante saber se estes 70M€ de divida são revertiveis para a divisão industrial ou se basta entregar os terrenos (todos?) e fica liquidada (isto no caso de correr mal o que não me parece assim tão provável)
Por fim, parabéns pela análise
disclaimer: tenho uma participação na ramada investimentos a um preço médio de .58
Os terrenos estão alugados tendo subjacente contratos de longa duração (média 20 anos). Em caso de quebra de contrato, a F. Ramada teria de ser indemnizada.
No caso limite de falência dos arrendatários, os terrenos ficariam à disposição da empresa para serem novamente alugados ou vendidos. O valor de 85.8M revelado pela F. Ramada é, no seu entender, uma boa aproximação aos preços de mercado. Os terrenos florestais têm bastante valor em Portugal, nomeadamente devido ao desenvolvido sector português da pasta de papel.
Cumprimentos,
Hugo
Faz sentido. O problema é que com a lentidão da justiça portuguesa a indemnização poderia demorar mas de qualquer modo concordo que é um bom acrescento ao valor da empresa. Outra coisa que me esqueci de referir no ultimo comentário é o facto de a taxa de juro do BCE ter baixado novamente e, com a possibilidade de uma recessão a perspectivar-se que assim continue (e as Euribor a cair também). Tratando-se de empréstimos hipotecários julgo que estarão indexados À Euribor (até porque o custo com juros este da área imobiliária foi superior ao do ano anterior) o que torna a divisão imobiliária em contra-cíclica permitindo compensar parcialmente um abrandamento da divisão industrial não apenas agora como em recessões futuras.
Exacto. No entanto a empresa também tem cerca de €43,76M de empréstimos de curto prazo que têm de ser pagos ou renegociados. Em cash têm €19,3M. O montante renegociado deverá, em virtude da situação actual, ser ralizado em piores condições em relação às dos empréstimos actuais (em termos de spreads).
A questão é o montante a renegociar. Se houver abrandamento da divisão industrial naturalmente que as necessidades serão menores e o efeito da variação nos spreads pouco relevante (a preocupação seria o esperado abrandamento).
Caso contrário, teremos uma actividade ao mesmo nivel com margens menores o que não era mau de todo (admitindo que todos os 43M são refinanciados com um aumento do spread em 3% (!!!) temos um efeito anual de 1.29M. o que nos deixaria os lucros ao nivel de 2010o que seria optimo (na minha base de dados ainda estão a esse valor para aumentar a margem de segurança e retirar algum efeito ciclico))
Sim, existe margem de segurança suficiente para o negócio lidar com essa situação de eventual aumentos dos custos financeiros.
Cumprimentos,
Hugo
Creio que grande parte dos pressupostos desta avaliação continuam validas. No entanto, o net debt preocupa-me. Embora tenha diminuindo 4,8M€ no 1º Sem. Continua acima dos 5x.
Em termos de price target, qual a valorização que dás ao titulo?
Não calculo um price target (a 12 meses), mas um valor intrínseco a prazo. Julgo que o valor contabilístico actual é uma medida conservadora do valor da empresa. Mesmo assim, em relação à cotação actual, tem uma margem de segurança enorme.
Cumprimentos,
Hugo
Enviar um comentário