segunda-feira, agosto 30, 2010

Corticeira Amorim: Apresentação (1ª Parte)

A CORTICEIRA AMORIM é a maior empresa mundial de produtos de cortiça e uma das mais internacionais de todas as empresas portuguesas, com operações em dezenas de países, de todos os continentes. Há mais de um século que está presente neste sector de actividade, tendo contribuído decisivamente para a divulgação mundial da cortiça.

Neste primeiro artigo sobre a Corticeira Amorim, é apresentada detalhadamente a empresa e as suas unidades de negócio. Seguidamente, apontaremos o método de avaliação da acção e a concretização da análise.

Reconhecimento da Marca: Líder da indústria há mais de 130 anos.

Líder Mundial Incontestável: A maior quota de mercado em todos os segmentos de produtos,

Rolhas: 25%
Revestimentos: 65%
Aglomerados Compósitos: 55%
Isolamentos: 80%

Distribuição: Força de vendas dedicada que abastece clientes em mais de 100 países. 95% das vendas fora de Portugal.

Verticalização: Gestão integrada da cadeia de valor, desde a aquisição da matéria-prima, sua transformação e optimização de todos os sub-produtos, produção de uma gama de produtos diversificada, presença directa nos principais mercados de consumo conhecendo os clientes finais, capaz de antecipar as tendências da procura (e de descobrir potencial para mais aplicações da cortiça), e de prestar um serviço de excelência.

UNIDADES DE NEGÓCIO

MATÉRIA PRIMA

A Unidade de Negócios de Matérias-primas congrega a gestão de compra, a armazenagem e a preparação da única variável comum a todas as actividades da CORTICEIRA AMORIM - a Cortiça.

A concentração nesta nova Unidade de toda a compra e preparação da matéria-prima permitiu já somar ganhos evidentes, essencialmente no que respeita a:

aproveitamento de sinergias entre as diversas Unidades de Negócios;
gestão global e integrada de todos os tipos de matérias-primas cortiça;
distribuição mais adequada de recursos e alocação de responsabilidades;
maior clareza na monitorização da rentabilidade de cada actividade.

ROLHAS

AMORIM & IRMÃOS, o maior produtor e fornecedor mundial de rolhas de cortiça

A Amorim & Irmãos é o maior produtor e fornecedor de rolhas de cortiça a nível mundial, registando uma produção anual de três mil milhões de unidades, o que lhe confere 25% da quota do mercado global da cortiça.
Acreditando nas vantagens de uma relação directa com os principais produtores, foram criadas subsidiárias da Amorim & Irmãos nos principais países produtores de vinho, desde o velho continente europeu aos novos mercados da África do Sul, Austrália e América do Sul.

Contando com uma nova equipa jovem e dinâmica, liderada por António Amorim – representante da quarta geração da família com ligações ao sector –, o Grupo Amorim lançou-se num dispendioso projecto de investigação e desenvolvimento, a cinco anos. O objectivo é erradicar todos os precursores dos TCA* da cortiça, através de uma combinação de medidas preventivas e curativas.

REVESTIMENTOS

Líder mundial na produção e distribuição de revestimentos em cortiça e cortiça com madeira

A origem da Unidade de Negócios Revestimentos remonta a 1978, com a criação da Ipocork – Indústria de Pavimentos e Decoração, S.A., uma unidade fabril destinada à produção de parquet com incorporação de cortiça. A Amorim Revestimentos, formada em Janeiro de 1996, surgiu da fusão das empresas Inacor, S.A. e Ipocork, S.A.

Esta Unidade de Negócios, constituída actualmente por duas unidades industriais localizadas em Portugal (concelho de Santa Maria da Feira), disponibiliza produtos de alta qualidade, que proporcionam soluções de pavimentos inovadoras e de qualidade inigualável. Ao combinar métodos tradicionais de produção com a mais recente tecnologia, a Amorim Revestimentos produz pavimentos distintos, elegantes, resistentes e confortáveis, utilizando um material cujas características a ciência não consegue superar – e sem prejuízo do ambiente – a cortiça. A utilização da matéria-prima cortiça torna os seus pavimentos inconfundíveis quando comparados com quaisquer outros existentes no mercado.

AGLOMERADOS COMPÓSITOS - AMORIM CORK COMPOSITES

A Amorim Cork Composites é uma organização global e competitiva, líder nos negócios correntes, que se diferencia pela oferta inovadora de compósitos de cortiça com a Sustentabilidade presente nas suas práticas.

Áreas de Negócio:

• Soluções de controlo de ruído para subpavimentos, integração em pavimentos e painéis de madeira
• Juntas de vedação para a indústria automóvel, transformadores e distribuidores de potência, aparelhos de medição de gás e esquentadores
• Juntas de dilatação/contracção
• Acessórios para casa e escritório
• Componentes para calçado

ISOLAMENTOS

Natureza e Tecnologia: a solução ideal

"A cortiça isola melhor, é mais durável e amiga da Natureza", Arq.º Nuno Graça Moura

A Amorim Isolamentos dedica-se à produção de materiais de isolamento a partir de matérias-primas naturais como a cortiça e o coco, devolvendo e produzindo soluções de isolamento térmico e acústico em aglomerados expandidos de cortiça, em regranulados e placas/ rolos de fibra de coco, materiais com execelente desempenho técnico e amigos do ambiente - rigorosamente 100% naturais.

Principais aplicações: paredes exteriores (capoto); paredes duplas; coberturas planas e inclinadas; lajeta flutuante (ruídos de impacto); divisórias; isolamento de portas; casas pré-fabricadas em madeira; painéis de madeira térmicos e acústicos; juntas de expansão/dilatação (densidade adequada); fachadas exteriores à vista (qualidade MDF-fachada).

Info em www.amorim.com

sábado, agosto 07, 2010

Sonae Capital: Avaliação (2ª Parte)

Desde o spin-off da Sonae Capital da Sonae SGPS que a sua a cotação apenas tem conhecido desvalorizações, resvalando do seu preço de abertura de 1.57 para o mais recente 0.52. A crise económica mundial afectou decisivamente o seu negócio com as vendas dos seus empreendimentos imobiliários a paralisarem.

No entanto, para o investidor em valor, estas alturas poderão ser as ideais para se encontrar activos subavaliados. Sendo esta uma empresa com uma actividade fundamentalmente assente na qualidade e valor dos activos que comercializa, o melhor método de análise da Sonae Capital deve centrar-se na avaliação dos seus activos, ou seja, do seu balanço.

Verificamos, desde logo, que o seu valor contabilístico (ou seja, activos menos o total das suas dívidas) cifra-se nos 1.23, significativamente acima da cotação actual. No entanto, esta pode ser um análise muito simplista pois pode contar com activos no balanço mal avaliados. Por exemplo, pode acontecer que muitos activos fixos que são adquiridos ou desenvolvidos pela empresa acabam por figurar no balanço aos preços de aquisição ou de custo, que nada tem a ver com o seu valor real. Ou então com os activos intangíveis como o goodwill, que resultam da aquisição de activos acima do seu valor contabilístico e que permanecem no balanço embora o seu valor possa ser questionável. Deste modo, uma análise mais rigorosa do valor do activos e consequentemente dos capitais próprios da Sonae Capital deve ser imposta, por forma a se chegar a um valor intrínseco mais real.

Recorrendo a informação divulgada pela empresa sobre o valor de mercado das unidades imobiliárias disponíveis para venda nos vários empreendimentos da empresa e nomeadamente no Tróia Resort, complementada por informação obtida junto do gabinete de relações com os investidores e ainda por uma avaliação de todo o património imobiliário realizada pela Cushman & Wakefield (que anualmente faz esta avaliação para a Sonae Capital) de 31/12/2009, procedemos a uma avaliação do balanço da empresa e o cálculo do respectivo valor intrínseco.

A avaliação da Cushman & Wakefield (C&W) compreende não só a avaliação de empreendimentos em comercialização, como Tróia Resort e City Flats, mas também o valor actulizado líquido de projectos futuros a serem desenvolvidos e ainda o valor de todo o restante património imobiliário da empresa, que vai desde hotéis 5 estrelas a outros terrenos e parques empresariais. Esta avaliação tem um peso relevante no resultado final desta análise pelo que é necessário realçar o carácter subjectivo dos seus valores que são utilizados para esta avaliação. De seguida, deixamos o resumo desta análise da C&W:


De notar que para a avaliação seguinte não entramos em linha de conta com algumas empresas totalmente detidas pela Sonae Capital e que são geradoras de resultados (como a Selfrio, o Solinca, a Box Lines e a Atlantic Ferries), na medida em que esta avaliação concentra-se unicamente na avaliação de activos. Deste modo, este valor não é tido em conta na avaliação pelo que deverá ser considerado como mais um factor a ter em conta e a contribuir para o reforço da margem de segurança do investimento.

Na seguinte análise são somadas os vários activos detidos pela Sonae Capital, bem como rubricas do balanço sobre as quais é possível termos alguma certeza em relação ao seu valor. São excluídas da avaliação rubricas mais subjectivas como diferenças de consolidação.

No final são calculados dois valores intrínsecos: um tendo em conta unicamente os activos tangíveis da Sonae Capital e efectivamente detidos para comercialização e um segundo valor que adiciona ainda o valor possível de futuros projectos a serem desenvolvidos, devidamente actualizados para o momento actual.


Observando um valor intrínseco dos activos tangíveis de 1,28 a Sonae Capital apresenta uma margem de segurança bastante razoável, até levando em conta que não estamos a incluir todas a componentes de valor da empresa na avaliação, nomeadamente as empresas de que falamos, pelo que a prazo deverá provar ser um investimento proveitoso.

Disclaimer: Este comentário consiste unicamente numa opinião do autor e nunca uma recomendação de compra ou venda. As compras e as vendas são da responsabilidade do investidor, bem como os lucros ou as perdas daí resultantes. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos. Em caso de dúvida, o investidor deverá procurar contactar um intermediário financeiro, a Euronext ou a CMVM.

Hugo Roque

quinta-feira, agosto 05, 2010

Value Investing: From Buffett to Graham and Beyond

A Escolha do Método de Avaliação

Bruce Greenwald, professor da Universidade de Colombia nos Estados Unidos e herdeiro da tradição do ensino da teoria do Investimento em Valor naquela Universidade, do pai da teoria, Benjamin Graham (que foi professor de Warren Buffett), apresenta no seu livro Value Investing: From Graham to Buffett and Beyond, um interessante enquadramento para a análise de oportunidades de investimento.

Ele divide os possíveis métodos de avaliação em 3: Avaliação dos Activos (Assets), Avaliação dos Resultados (Earnings Power) e Avaliação do Potencial de Crescimento (Franchise Value). Tendo presente a dificuldade de se estimar com elevado grau de certeza resultados que se distanciam bastante no tempo, Bruce focou o seu estudo, tendo sempre como base os princípios do Investimento em Valor, em métodos mais correntes, concretos e intuitivos de avaliação.

Logicamente, consoante os elementos de valor que determinada empresa possua, o seu método de avaliação deve corresponder-lhes inteiramente.

1) Avaliação dos Activos: Aplica-se para empresas com muitos activos, rentabilidades do capital muito baixas, em sectores muito concorrenciais, de capital intensivo e a cotarem próximo do seu valor contabilístico. O seu valor, pode-se concluir, advém do valor dos activos que possuiu pelo que a análise deve recair inteiramente sobre o balanço da empresa e na aferição do valor real dos desses activos. Activos correntes, como dinheiro, depósitos ou mercadorias, são normalmente considerados na avaliação a 100% (ou próximo) do seu valor inscrito no balanço. Activos não correntes como máquinas, edifícios ou terrenos e também activos intangíveis como o goodwill, devem ser cuidadosamente ponderados e analisados para o cálculo do seu real valor. Somando todos os activos e subtraíndo as suas dívidas obtemos o valor dos capitais próprios que se deve comparar com a capitalização de mercado da empresa para se determinar se existe margem de segurança para o investimento.

Martin Whitman, outro histórico investidor em valor, concentra os esforços da sua firma, a Third Avenue, na prospecção deste genéro de oportunidades. O seu livro Value Investing - A Balanced Approach concentra-se justamente na explicação da importância e valor do Balanço na análise de uma empresa.

2) Avaliação de Resultados: Para empresas com capacidade de geração de resultados razoáveis ao longo do ciclo económico, com taxas de rentabilidade boas, em indústrias competitivas e sem grandes perspectivas de crescimento, embora rentáveis. Neste caso, muito provavelmente a acção cotará acima do seu valor contabilístico reflectindo exactamente essa capacidade de geração de resultados para o futuro o que se traduzirá em valor para os accionistas. Neste caso, o valor advém desses resultados futuros pelo que a análise deve recair sobre a sua projecção. Como estas empresas não possuem perspectivas de crescimento, a sua avaliação vai pressupor que os seus resultados de manterão constantes indefinidamente. Deste modo, o cálculo do valor resulta simplesmente da divisão do resultados considerados normais para a empresa (pode ser uma média dos seus resultados ao longo do ciclo económico) e dividir por uma taxa de desconto razoável para o negócio. Não é um método muito diferente do método de avaliação de imóveis com base em taxas de capitalização, em que se divide o rendimento de um ano do imóvel (ou seja, o total das suas rendas) por uma taxa de retorno exigida pelo proprietário. São métodos semelhantes porque se pressupõe nos dois casos que os rendimentos dos activos não crescerão no futuro (ou quanto muito poderão crescer a uma taxa marginal constante) embora as taxas de actualização dos rendimentos sejam diferentes por forma a se reflectirem níveis de risco também diferentes.

3) Avaliação do Potencial de Crescimento: Empresas com excelentes taxas de rentabilidade dos seus capitais investidos, com negócios possuidores de vantagens competitivas, que permitem estimar resultados com elevados grau de previsibilidade e com boas perspectivas de crescimento futuro. O método natural para avaliação deste género de empresas é o conhecido modelo dos cash flows descontados, em que partindo-se da previsão dos cash flows futuros do negócio, assumindo determinadas taxas de crescimentos e outros pressupostos de eficiência operacional, se descontam esses valores para o momento actual utilizando uma taxa de desconto razoável/conservadora para o negócio. Este modelo é mais sujeito à sensibilidade das previsões, pelo que é importante salientar que deve apenas ser aplicado na análise de empresas com grande potencial futuro de geração de resultados e vantagens competitivas duradouras. Obtido o valor do negócio, mais uma vez, compara-se com o seu valor de mercado para se aferir se existe margem de segurança confortável para o investimento.

Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, concentra-se na análise de detecção deste género de oportunidades. Nestes casos porém o método de avaliação pode não ser o mais importante, mas sim a determinação do que é do que continuará a ser, na verdade, um excelente negócio.

Bruce Greenwald, dentro de cada metodologia, especifíca no seu livro o cálculo de cada variável utilizada na avaliação. Deixo, por último, uma apresentação do próprio, sobre estes métodos de análise e avaliação.

Value Investing - Greenwald

terça-feira, agosto 03, 2010

Sonae Capital: Descrição (1ª Parte)

A acção da Sonae Capital resultou de um spin-off da Sonae SGPS em 2007, ficando a sua estrutura responsável pelo património e gestão de alguns dos activos imobiliários mais valiosos do universo Sonae. Belmiro de Azevezo, retirado da gestão executiva da SGPS assumiu o controlo desta unidade e do seu empreendimento mais emblemático: o Tróia Resort.

Neste primeiro artigo sobre a Sonae Capital, é apresentada detalhadamente a empresa e as suas unidades de negócio. Seguidamente, apontaremos o melhor método de avaliação da acção e a concretização da análise.

A Sonae Capital é composta por um conjunto bastante alargado de negócios e participações financeiras enquadrados em duas unidades: a Sonae Turismo e a Spread.

Sonae Turismo

A Sonae Turismo, SGPS, SA é a sub-holding da Sonae Capital que desenvolve negócios agregados em três áreas distintas:

- Desenvolvimento de Resorts Turísticos e de Residencial - Desenvolvimento (concepção e construção), gestão, marketing e comercialização de resorts turísticos e de residencial de elevada qualidade;
- Gestão de Activos Imobiliários - Prestação de serviços relacionados com terrenos e imóveis;
- Operações Turísticas - Propriedade e gestão de Hóteis e prestação de serviços integrados (SPA, Catering e Eventos, Centro de Congressos, Food Court e parque de estacionamento) e gestão de Health Clubs.

Spred, SGPS

A Spred, SGPS, SA é a sub-holding da Sonae Capital vocacionada para o investimento em participações em três vectores:

- Negócios Maduros - Negócios com geração estável de cah-flow.
- Negócios Emergentes - Negócios nas áreas de energias renováveis, eficiência energética e edifícios sustentáveis.
- Participações Financeiras - Agrega participações em empresas integralmente detidas de dimensão mais reduzida e participações financeiras em empresas relevantes (numa lógica de investimento financeiro).



Estrutura Accionista



A Efanor, holding pessoal do engenheiro Belmiro de Azevedo, detém cerca de 56% da empresa. De destacar, igualmente, a participação qualificada de cerca de 7% de Monish Pabrai conhecido value investor radicado nos Estados Unidos.

Descrição de cada Unidade de Negócio
(Informação disponível no site http://www.sonaecapital.pt/):

Sonae Turismo, SGPS, SA

Resorts Turísticos

Na área de Resorts Turísticos, a grande referência da Sonae Capital é a Troiaresort – Investimentos Turísticos, S.A., que detém o projecto de desenvolvimento turístico da Península de Tróia - o Projecto Troiaresort.

O Projecto desenvolve-se na extremidade Norte da Península de Tróia, entre a Reserva Natural do Estuário do Sado e o Parque Natural da Serra da Arrábida, posicionando-se como um espaço de lazer orientado para as famílias, com uma oferta diversificada de produtos e serviços durante todo o ano e beneficiando do património ambiental e cultural da região da Península.

Para mais informações: http://www.troiaresort.net

Empreendimentos Residenciais de elevada qualidade

Sob a insígnia Praedium, esta área de negócio tem como objectivo, prosseguir o desenvolvimento de projectos imobiliários de referência de que são exemplo, no passado, os empreendimentos emblemáticos das Torres S. Gabriel e S. Rafael (na zona da Expo, em Lisboa), o Condomínio Douro Foz (no Porto) e a Quinta das Sedas (em Matosinhos).

A Praedium é uma empresa integralmente detida pela Sonae Capital que se dedica à gestão de participações sociais em empresas imobiliárias, com particular enfoque em projectos para habitação.

Actualmente, encontram-se em curso os projectos residenciais de elevada qualidade Efanor e City Flats.

Ainda sob a insígnia Praedium, está previsto o desenvolvimento de um projecto de apartamentos, moradias turísticas e lotes para habitação, com potencial de exploração de actividades turísticas e de lazer, a cerca de 20 km do Porto, na margem direita do rio Douro. Este projecto desenvolver-se-á numa propriedade com 51 hectares (Quintas da Azenha e da Varziela).

Para mais informações: http://www.efanor.pt

Gestão de Activos Imobiliários

Esta área de negócio integra todos os serviços relacionados com procurement, gestão de activos imobiliários e gestão de condomínios. É possível agrupar os activos imobiliários por tipo:

- activos detidos por empresas imobiliárias do Grupo Sonae Capital, e que se destinam ao desenvolvimento de novos projectos, a promoção imobiliária ou a arrendamento;
- activos relacionados com as Operações Turísticas;
- activos detidos através de fundos imobiliários onde a Sonae Capital participa, através de outras sociedades;
- conjunto de terrenos no Algarve, em Lagos e Portimão, ainda sem projectos de desenvolvimento definidos.

Operações Turísticas

A Sonae Turismo desenvolve operações turísticas nos domínios da hotelaria, saúde & bem-estar e lazer.

Hotelaria:

- o Porto Palácio Congress Hotel & SPA (PPH) é um hotel de 5 estrelas localizado no Porto. Apresenta-se totalmente renovado, ampliado e com uma envolvente requalificada, fruto da intervenção profunda a que foi sujeito, entre 2005 e 2007, a qual visou não só a renovação integral das várias áreas do hotel como também o alargamento das próprias valências do edifício. Passou a integrar um SPA, associado à marca francesa L’Occitane e um espaço integrado de gastronomia com 4 restaurantes (Food Court). Também integrado no Porto Palácio Hotel, foi recentemente inaugurado o Centro de Congressos, com 11 salas de reuniões e capacidade para 600 pessoas. Recentemente eleito membro da “The Leading Hotels of the World”, o Porto Palácio Congress Hotel & SPA (PPH) está especialmente vocacionado para o turismo de negócios e de lazer. (http://www.hotelportopalacio.com)
Paralelamente, a Solinca continua a desenvolver, desde 1996, uma actividade autónoma de organização de eventos e catering que inclui o acolhimento dos convidados, a decoração do ambiente e realização da animação, a confecção do menu e o serviço de mesa, em local escolhido pelo cliente (espaço do próprio ou de terceiros). A Solinca assegura a gestão de diversos espaços como a Casa da Ribeira, em Marco de Canavezes, a Casa Ferreirinha, em Vila Nova de Gaia, entre outros. (http://www.solincaeventosecatering.com.pt)

- o Aqualuz – Suite Hotel Apartamentos é uma unidade hoteleira de 4 estrelas, localizada em Lagos, no Algarve. Este empreendimento foi totalmente remodelado e ampliado, traduzindo-se essa remodelação numa nova imagem de modernidade, conforto e funcionalidade. (http://www.aqualuz.com)

- a hotelaria em Tróia reparte-se pelos Aparthotéis Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Sado. Localizados na UNOP 1 da Península de Tróia estes aparthotéis foram construídos na década de 70 sob as denominações de Rosamar, Magnoliamar e Tulipamar, tendo sido objecto de obras de recuperação e remodelação no período 1998/1999, após a entrada da Sonae Turismo no capital da então Torralta. As unidades encontram-se actualmente em profunda remodelação, de forma alternada, no âmbito da reabilitação daquela Península de Troia. Com uma oferta de 1.100 camas, está previsto que estas unidades hoteleiras venham a estar operacionais a partir de 2008. (http://www.troiahotels.com)

Health & Fitness:

O conceito Solinca – Health & Fitness Club foi criado em 1995, com a inauguração da primeira unidade no Porto Palácio Hotel, tendo-se expandido a partir de 1997 com a abertura do segundo espaço no Centro Comercial Colombo.
A rede foi posteriormente aumentada com a abertura das unidades do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa, e de Braga (em 2001), de Málaga, no Centro Comercial Plaza Mayor (em 2002), de Oeiras (em 2003), de Viana do Castelo (2004), do Centro Comercial Norteshopping em Matosinhos, do Estádio do Dragão no Porto (em 2006, a maior da cadeia, com cerca de 6.600 m2) e do aparthotel Aqualuz, em Lagos, no Algarve (em 2007).

Actualmente o número de sócios ascende a mais de 29 mil, distribuídos pelas 10 unidades em funcionamento, correspondentes a uma área total de cerca de 34 mil m².

Poderá obter mais informações em: http://www.solinca.pt/

Marina de Tróia:

A Marina de Tróia fica situada no extremo Norte da Península de Troia, confrontando com o rio Sado e ocupando uma área de cerca de 2,7 hectares, destinada ao acesso, manobras e estacionamento de embarcações de recreio. Tem capacidade para 184 postos de amarração para embarcações de recreio, distribuídos entre cinco classes de comprimento, que variam entre os 8 e os 18 metros.

Trata-se de um dos projectos com maior visibilidade e potencial para posicionar o Troiaresort como um novo destino turístico de referência. Este equipamento de apoio à actividade náutica e de recreio será uma nova centralidade no Troiaresort, com a instalação de esplanadas, áreas comerciais e de lazer junto à linha de água.

Tróia Golf:

Desenhado pelo arquitecto de golfe americano Robert Trent Jones Sénior, o Tróia Golf Championship Course foi inaugurado em 1980, constituindo um pólo importante para a capacidade de atracção de clientes da Península de Troia.

O Tróia Golf Championship Course tem 18 buracos e estende-se por um total de 6.320 metros, dispõe de um excelente Club-house que oferece um amplo conjunto de serviços: recepção, pró-shop, bar, restaurante e ainda um driving range com dois putting-greens.

No decurso do presente exercício foi iniciado um conjunto de investimentos de beneficiação e requalificação do campo, que visará o seu reposicionamento como o campo premium entre os localizados nas redondezas, capitalizando assim no facto de, nomeadamente, esta estrutura vir a beneficiar do aumento do número de camas no Troiaresort e Soltróia, associado à construção do Hotel Resort, especialmente direccionado para o mercado do golfe.

Poderá obter mais informações em: http://www.troiagolf.com/

Spred, SGPS, SA

Negócios Maduros

No segmento dos Negócios Maduros, o Grupo Selfrio, que actua no sector dos serviços de engenharia de frio e climatização, é o único actualmente enquadrável, fruto da sua significativa dimensão relativa (cerca de 100 milhões de euros de volume de negócios e 640 colaboradores).

Negócios Emergentes

Nos Negócios Emergentes, a Energia e o Ambiente representam o compromisso da Sonae Capital em crescer nestas áreas de actividade. Neste sentido, a Sonae Capital adquiriu em 2008 a Edifícios Saudáveis, uma empresa de consultadoria dedicada a edifícios sustentáveis, certificação nas áreas de eficiência energética, controlo da qualidade do ar e áreas relacionadas.

Outras oportunidades estão actualmente a ser equacionadas, nomeadamente nas áreas de eficiência energética e produção de energias renováveis.

Participações Financeiras

A Spred assume ainda a gestão das participações financeiras minoritárias da Sonae Capital, de que se destacam as participações no capital da da Change Partners, da TP - Térmica Portuguesa e da Norscut – Concessionária de Auto-Estradas.

A Change Partners é uma sociedade de capital de risco que iniciou a sua actividade em 2000 tendo, até 2003, adoptado uma política de investimento generalista, incluindo empresas em início de vida (start-up’s) e empresas cotadas. Em 2004, tornou-se investidor e gestor do Real Change, um Fundo de Capital de Risco (FCR) direccionado para o investimento em operações de buy-out, tendo deixado de investir directamente nestes negócios.

A TP é uma sociedade detida, em partes iguais, pela Sonae Capital e pelo Grupo Endesa, que actua no sector da energia. A sua principal missão consiste em promover o desenvolvimento de projectos de investimento nos mercados da produção descentralizada de energia eléctrica. No âmbito desta missão a empresa desenvolve diversos projectos de cogeração e eólicos.

A Norscut foi constituída em Dezembro de 2000, detendo a concessão da concepção, projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT) dos lanços de auto-estradas e conjuntos viários associados no Interior Norte. A concessão foi atribuída por um período de 30 anos, com início em 2001, e tem por objecto a auto-estrada entre Viseu (IP5) e Chaves (fronteira), num total de 154,9 Km divididos por sete lanços. No final do período da concessão, os bens directamente relacionados com a actividade concessionada revertem para o Estado, sem qualquer compensação.

A auto-estrada foi integralmente concluída em Junho de 2007, data em que foi inaugurado o último troço (Vila Real/Vila Pouca de Aguiar). Actualmente, a Sonae Capital detém uma participação de 36% na Norscut, através da sua participada Contacto – Concessões, SGPS, SA. São também accionistas da Norscut a Eiffage SA e respectivas participadas (participação actual de 36%), a CNCE, SA (18%) e a Egis Projects, SA sociedade do grupo francês Egis (10%).

A Operscut foi criada para prestar serviços de operação e manutenção dos diversos lanços da auto-estrada que liga Viseu à fronteira de Chaves, concessionada à Norscut, sua única cliente, com quem celebrou um contrato por todo o prazo da concessão. Os accionistas da Operscut são também, para além da Sonae Capital, com 15%, o Grupo Eiffage (Eiffage SA com 15%) e o Grupo Egis, com 70%.

A Sonae Capital enquadra ainda neste segmento de negócio sociedades detidas a 100%, de que são exemplo a Box Lines e a Atlantic Ferries, uma vez que o desenvolvimento destes negócios poderá passar pelo estabelecimento de parcerias que permitam um rápido crescimento e afirmação nos respectivos sectores de actividade.